domingo, 15 de novembro de 2009

Da Música Clássica ao Rock.

Como pessoa sempre gostei de conhecer os limites,experimentar o mais e o menos, se bem que no final acabo, geralmente, a tender para o meio termo!
Neste fim de semana tive uma dessas oportunidades de em duas noites seguidas "provar" dois extremos musicais.
Sexta-feira, Casa da Música - Orquestra Nacional do Porto.
Sabado, Panoias - Bracara Extreme Fest.

A chegada á casa da música já em cima da hora e depois de um jantar a alta velocidade, A3 fora num banco de trás, levou a que perdessemos a primeira peça do concerto. Esperamos sentadinhos á porta a admirar aquela arquitectura diferente de tudo o resto, que caracteriza o espaço interior (assim como o exterior) da Casa da Música. Terminada a primeira peça somos chamados a entrar na sala rapidinho enquanto o concerto está em pausa...uuooww..que espanto de sala, já tinha visto fotos e videos mas nada que se compare ao estar realmente presente dentro da sala. A orquestra em cima do palco, a preparar a peça seguinte, e nós em lugares priveligiados. Terceira fila da frente, lugares centrais, mesmo em linha com o Maestro! A vista para o palco era fantástica, uma orquestra a sério como até hoje só tinha visto na TV! Vestidos bonitos nas senhoras, fatiotas cheias de classe para os homens, um grande leque de instrumentos violinos,violas,violoncelos,contrabaixos,flautas,oboé,fagote,percussões e mais! Ao sinal do Maestro começa a segunda peça do concerto, composta por Joseph Haydn, que foi o compositor homenageado nesta noite. As primeiras notas do Allegro foram logo para deixarem os recem-chegados á sala com cara de espanto devido as características acústicas desta, excelentes. Ouvia-se tudo tudinho na perfeição, de espantar mesmo,pois não havia um único instrumento que fosse amplificado. Finalizada a primeira parte da segunda peça, silêncio total na sala, ninguém bate palmas...foi por pouco que eu não fui a única pessoa na sala a soltar umas palmas!!!Parece que existem regras nos concertos de música clássica no que toca a aplausos =P , só mesmo no final da peça e durante um ou 2 minutos seguidos! Tempo de intervalo, e mais umas tentativas de me ajeitar naquelas cadeiras um bocado mal jeitosas diga-se, mas inovadoras!!
Na terceira peça a orquestra teve o acrèscimo do piano o que lhe deu uma sensibilidade muito diferente! Por esta altura já a Filipa tava com o torcicolo no pescoço por causa dos esforços para ver a performance dos flautistas. Para o final ficava a 99ª sinfonia de Haydn. Era a única composição que eu conhecia e foi também a que mais gostei!Espetaculares as partes dos violinos. Final desta nova experiência..espetacular,adorei! Tempo ainda para uma passagem pela chocolataria, para uns scones (obrigado Eliel e Filipa) e um pouco de chá.Regresso a Braga.


De volta a Panoias! Edição 2009 do Bracara. Este ano o cartaz apresentava-se melhor apetrechado do que nunca. Dos 3 dias do fest decidi apenas marcar presença no segundo. Nesta edição contei com a companhia do já habitual bro Dio e da não habitual Filipa. Mais tarde ainda por lá apareceu o Bro Nani e ainda encontrei por lá o Bill, amigo de longa data e com quem já não trocava umas palavras há uns anitos!!

O primeiro concerto a que assistimos foi dos portugueses Catacombe, música apenas instrumental e carregada de melodias, gostei! De seguida chegaram os rock'n rollers Dawnrider, muita energia, bom ambiente e boas malhas, animaram bem o pessoal lá da frente. Os próximos eram os franceses Inhumate, grindcore, ou seja, os primeiros minutos de concerto são sempre engraçados, acontece sempre algo de cómico, mas ao fim de um certo tempo começa a cansar =p . Nem entramos na sala ficamos cá fora na treta a ouvir o que lá dentro se passava. No entanto fiquei com pena de não ter visto o episódio da banda a tocar na plateia e invasão de palco pelo público eheh, é o grind! As conversas cá fora da sala iam aumentando de ritmo e a risota também era cada vez maior o que provocou que nem nos apercebessemos bem da entrada em palco dos Minsk. A mim bem que me parecia já estar a ouvir Minsk há uns minutos, mas alguém insistia que não...mas eram mesmo eles! Entramos para a sala ouvimos duas músicas e o concerto acaba.Será que tivemos assim tanto tempo lá fora?? Foi pena, o concerto tava bem intenso e apesar de o som estar um bocado alto de mais, eu estava a curtir aquilo! Voltamos cá para fora, mais conversa,mais risada, episódio hilariante do "tipo que andava á procura do Carlos de palmeira que casou e foi pa frossos". Nisto entram os A Storm of Light em palco, voltamos para dentro para mais um concerto super rápido, mas bem fixe! Uma sonoridade completamente diferente dos padrões normais, muito interessante. Continuamos no jogo do entra e sai, mais uns momentos a descansar os ouvidos parar irmos assistir a pelo menos á ultima metade do concerto de Malignant Tumour, último do dia. Este foi o único que teve direito a sala quase completa! O ambiente foi de grande festa. Um bom final para todos, banda e público. Saimos da sala pela ultima vez e ainda por lá andava alguem á procura do Carlos LOL. No entanto a noite não acabou sem uma passagem pelo Macdrive.
E ponto final neste fim de semana onde os extremos se tocaram!






2 comentários:

Filipa disse...

e que extremos...
bem láaaaaaaaaaaaaa nas pontas mesmo... :p

Mas valeu a pena a experiência. Foi um fim-de-semana em tudo diferente dos habituais encontros para cafezinho.

Por falar nisso... Próximo fim-de-semana cafezinho, certo???

Emanuel disse...

só faltou mesmo ir a uma disco, ouvir música eletrónica e de dança ahahah :P
...claro, cafézinho sempre!e rock 'n roll também =D